Por Gustavo Pinto
Se com o primeiro filme a dinâmica fluía muito mais natural, nesse segundo filme as coisas não funcionaram assim. Somos apresentados a várias tramas, algumas muito interessantes, como a do Grindelwald e outras nem tanto, como a dos animais e a de Yusuf Kama, que até o momento não faz sentido nenhuma para o filme, mas talvez faça para o contexto geral da história.
As várias tramas apresentadas é o ponto fraco, porque muitas coisas poderiam ter sido melhor exploradas. Um dos exemplos é o Nicolau Flamel, onde vimos ele em um dos trailers e no filme o personagem não tem destaque algum. Confesso que esperava uma interação muito maior com ele.
Isso que ocorre com o Nicolau Flamel também acontece com outros personagens que só são arranhados nesse filme. Não há um aprofundamento neles como sempre ocorreu nesse universo. O que é algo que me deixou um pouco decepcionado.
Os efeitos especiais são ótimos quando não exageram muito para apelar para algo fenomenal e grandioso. Há cenas que acabamos por nos perguntar se há a necessidade de tanto.
Newt Scamander, graças a Eddie Redmayne, conseguiu, mais uma vez, trazer com sucesso o Newt a vida. As demonstrações de seus sentimentos em relação aos outros personagens é tão nítida, tornando ele ainda mais verdadeiro e querido por nós.
Dan Fogler está fenomenal também, ele vai do cômico ao drama e arrasa em suas atuações como o trouxa no meio bruxo.
Porém a falha no elenco foi com Alison Sudol. A personagem ficou muito caricata, o que pode ser culpa dos diretores ao terem pedido para que agisse daquela maneira.
O restante do elenco não há nada de novidade, todos entregam seus personagens no nível que são e cumprem o seu papel.
Se no primeiro filme ficamos com várias perguntas, nesse ainda há um acumulo de dúvidas.
Ao terminar o filme a primeira coisa que veio na minha cabeça foi "O que J.K. Rowling está aprontando com a gente?". Basta aguardarmos a sequência e esperar para que algumas respostas finalmente sejam dadas.
Nota: 7,5
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